terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A família é a base mais sólida

Almir Rozendo
 
Não há dúvidas de que, se não estivermos bem com a nossa família, ou com parte dela, não conseguiremos estar de bem com a vida. Nossa família, por sua vez, pode estar composta também por pessoas do nosso convívio, sem nenhum laço de parentesco – colegas de trabalho, vizinhos, amigos do Racionalismo Cristão, entre outros –, mas que nos acolham com carinho, como se fôssemos parentes.

Entretanto, há que se observar, de um modo geral, que muito se tem falado da educação moderna, da vida dos jovens nos dias atuais, da juventude indisciplinada. Educar não é tarefa fácil, realmente. As crianças, por sua vez, começam mais cedo a entrar em contato com a vida, pois os acontecimentos nos invadem a casa – sem ao menos nos pedir licença – através dos principais meios de comunicação, como a televisão, o rádio e as revistas, essas últimas cada vez mais extrapolando os limites da censura, se é que ainda existe censura nesse nosso querido Brasil.

Condicionados pelas práticas da mídia, pelas ilusões vendidas e estimuladas pelos companheiros de colégio, bem como por amigos vizinhos e/ou influenciados por terceiros, desconhecidos, percebe-se que nossos filhos vão crescendo e necessitando cada vez mais da presença dos pais, do diálogo, de suas orientações, para que não se percam pela própria inocência e pela própria citada influência de terceiros, os maiores responsáveis.

Os hábitos da vida, o respeito aos mais velhos, aos mestres, as reuniões em família, muita coisa, enfim, que nos era tão cara modificou-se e quase desapareceu, como num piscar de olhos, sem que alguém, pelo menos alguém atento a tudo que se passa pudesse externar seus sentimentos diante do quadro que se desenha para uma humanidade carente de objetivos e perspectivas.

Evidentemente, transformou-se o modo de viver em todas as classes sociais, e assim ficou difícil educar os filhos nos dias que correm. A própria família, a princípio, sofre esse impacto do mundo moderno: aumento da população, salários insuficientes, que levam os pais a certa angústia aliada à insatisfação no trabalho e perda do equilíbrio emocional; pais que trabalham fora de casa, deixando a criança o dia inteiro com a babá, com o vizinho ou na creche etc.

Não existe tempo, dessa forma, para aquela convivência salutar e benéfica da criança com os pais. Reconheçamos que o problema é complicado e está num grau de complexidade muito elevado, porque a sobrevivência exige essa ausência, essa aceitação. Dentro do possível – por que não? – façamos todo o esforço para que nossos filhos cresçam sabendo que estão sendo amados. Mesmo os casais que se separam têm o dever de mostrar isso às crianças, que ficam inseguras depois da separação.

Pensadores, há muitos anos, já alertavam: as crianças cresceriam felizes se os pais assim o fossem. Tenham certeza: o ambiente de felicidade que vive uma criança, quer numa choupana, quer num palácio, é o responsável pelo adulto feliz, porque a felicidade não depende do que temos, mas do que somos.

No mundo de hoje, entretanto, cheio de conflitos e angústias, a família representa a base mais sólida para a felicidade do ser humano. A missão da família no século XXI é a de desenvolver o poder da responsabilidade.

Lutar por esses objetivos é, portanto, nosso dever e compromisso com a Verdade.
(O autor é militante do Correspondente Maceió, AL)

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