sexta-feira, 9 de julho de 2010

Vestidas no capricho (Dona Luiza)

Eterna criança: aos 74 anos, Luíza se diverte fazendo roupas de crochê para bonecas. "Casei aos 16 anos e , muitas vezes, meu marido chegava e eu estava brincando de boneca. Aí, eu corria para escondê-las", recorda
Na loja da Associação dos Artesãos de Icó (Proarti), no Centro Histórico da Cidade, roupas de bonecas em crochê nos chamaram atenção. Elas são frutos das mãos de Luíza Batista, 74 anos, residente a poucos quarteirões do local. Fizemos questão de conhecê-la.Mesmo com uma ruma de filhos, 14 gestações, 12 vivos e mais um adotado, Luíza sempre teve inspiração para criar diferentes modelitos para bonecas. Ainda criança, aprendeu a fazer trancinha, primeiro passo para o crochê. A ligação com a moda começou com a mãe adotiva Rosa Batista, especializada em ternos para os noivos.Jovem, pouco frequentou a escola, por falta de interesse. "Disso eu me arrependo", comenta. Aos 16 anos, já estava casada com o agricultor Raimundo, com quem trabalhou na roça. O lamento de Luíza é que nenhum dos filhos conseguiu se formar na faculdade. Em compensação, três netos estão perto de concluir o ensino superior.

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