quinta-feira, 31 de maio de 2012

Regional Diário do Nordeste

Estrutura precária em matadouros

31/5/2012
A estrutura antiga do matadouro de Orós será transformada em um centro de coleta seletiva e de reciclagem, já que o local foi interditado pela Semace
Iguatu. Há cerca de um ano, a Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace) interditou o matadouro público da cidade de Orós por causa de precariedade no funcionamento e poluição ao meio ambiente.

No ano passado, outras unidades municipais de abates foram fechadas nas cidades de Cariús e Iguatu. A ação dos fiscais da Semace mostra que na maioria das cidades do Interior os matadouros funcionam sem atender as exigências de normas ambientais e de vigilância sanitária.

Em decorrência do fechamento da unidade de Orós, o abate foi transferido para a vizinha cidade de Icó. De acordo com o secretário de Infraestrutura de Icó, Dácio Pinto, são abatidos em média 15 animais por semana. "Houve uma parceria entre os próprios criadores e marchantes com o matadouro local. Eles pagam a Guia de Transporte Animal e o valor de R$ 20,00 por cabeça", explicou. "A demanda é reduzida e não trouxe problemas para nós", afirma, descartando que os custos são repassados para os consumidores.

De acordo com o secretário Dácio Pinto, o Município de Icó já dispõe de um projeto aprovado no Governo do Estado no valor de R$ 499 mil que prevê a construção de um moderno abatedouro de acordo com as normas da Semace e da Vigilância Sanitária. Serão investidos R$ 300 mil na obra e R$ 199 mil na aquisição de equipamentos. "Estamos aguardando a liberação dos recursos", frisou.

Ainda segundo Dácio Pinto, o matadouro de Icó é antigo, apresenta deficiências e mantém o sistema inadequado de abate com uso do chucho. "A unidade dispõe de médico veterinário, é limpa e as vísceras são tratadas fora", disse. "A partir do novo matadouro teremos melhores condições de funcionamento".

Fechado
A Prefeitura de Orós esclarece que o matadouro público foi fechado por ter sido construído, em gestões passadas, em um local impróprio para a atividade, uma vez que se encontra próximo às margens do Rio Jaguaribe, sendo um poluidor em potencial e podendo agredir o meio ambiente e oferecer riscos à saúde da população. A administração municipal já tem um projeto padrão para a construção de um novo abatedouro em local adequado e em conformidade com as leis vigentes, que custará cerca de R$ 600 mil. Para conseguir viabilizar a obra, a Prefeitura de Orós já buscou apoio de órgãos estaduais e federais, sem, contudo, ter obtido retorno. A estrutura antiga será transformada em um centro de coletiva seletiva e reciclagem.

Outras cidades
O matadouro público da cidade de Cariús, também localizada na região Centro-Sul, foi interditado por fiscais da Semace, no ano passado. De acordo com a vistoria dos técnicos, a unidade funcionava sem licença ambiental e causava poluição, cujos dejetos eram despejados diretamente no leito do Rio Cariús, um dos afluentes do Rio Jaguaribe.

O abate dos animais passou a ser realizado na vizinha cidade de Tarrafas.

Reforma
Em Jucás, o matadouro passa por reforma e por enquanto a matança dos animais é feita na cidade de Saboeiro.

"Estamos prestes a inaugurar o matadouro que vai funcionar dentro dos padrões e normas exigidas pela Semace e órgãos ambientais", explicou o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Jucás, José Teixeira Neto.

"A licença de funcionamento já foi dada pela Semace e a unidade vai funcionar dentro de uma linha industrial, com pistola pneumática e outros equipamentos automatizados", afirma José Teixeira Neto.

O moderno abatedouro de Iguatu será inaugurado em breve e, por enquanto, os animais são abatidos em Quixelô.

Mais informações:
Prefeitura de Orós

Fone: (88) 3584. 1450

Prefeitura de Cariús

Fone: (88) 3514. 1219

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