quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Saiba um pouco sobre a diabete

O que é a diabete?

Diabete é uma doença crônica caracterizada pelo aumento excessivo e prejudicial das taxas de açúcar no sangue. Em crianças, o tipo de diabete mais comum é o 1, enquanto nos adultos, especialmente após os 40 anos, é o tipo 2.

Quando uma pessoa come ou bebe qualquer coisa, os sucos gástricos fragmentam os alimentos em minúsculas partículas de um açúcar simples chamado glicose, que é a principal fonte de energia do corpo. A glicose passa então para a corrente sanguínea, onde um hormônio, a insulina, ajuda as células a usá-la para obter energia e crescer.


A insulina é produzida pelo pâncreas, um órgão glandular localizado atrás do estômago. Em pessoas saudáveis, o pâncreas naturalmente produz a quantidade de insulina necessária para transferir a glicose do sangue para as células.


Quando alguém tem diabete tipo 1, o pâncreas simplesmente não produz insulina; no caso da diabete tipo 2, existe a produção, mas as células não conseguem absorver a substância (a chamada resistência à insulina). Nas duas circunstâncias, a glicose acaba se acumulando no sangue, passando para a urina e sendo excretada, o que significa que não é utilizada.


Quando bem monitorada e tratada, a diabete pode ser mantida sob controle. Se isso não acontecer, no entanto, com o decorrer dos anos, ela pode provocar cegueira, doenças renais e cardíacas, danos aos nervos, infecções de pele, osteoporose, perda de membros e até a morte.


É comum crianças terem diabete?

A diabete é uma das doenças crônicas que mais afetam crianças em todo o mundo -- cerca de 500 mil crianças com menos de 15 anos de idade têm a diabete tipo 1, segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF). No passado, a tipo 2 era mais comumente vista em adultos acima dos 40 anos, mas hoje em dia vem atingindo cada vez mais crianças também.

Quais as causas da doença?

A diabete tipo 1 é uma doença auto-imune que leva o corpo a atacar as células produtoras de insulina no pâncreas. Embora exista algum componente genético, a maioria das pessoas com esse tipo de diabete não tem histórico familiar.

Pesquisadores estão tentando determinar quais são os fatores ambientais que podem provocar a diabete tipo 1 em pessoas suscetíveis (a doença é mais comum em norte-americanos brancos e em países europeus como Suécia e Finlândia).


Já na diabete tipo 2, a genética tem um papel mais forte, e os descendentes de norte-americanos negros e latino-americanos, por exemplo, correm maiores riscos de desenvolvê-la. Obesidade e sedentarismo também são fatores de risco. O que é puro mito, contudo, é dizer que açúcar demais causa diabete.


Crianças pequenas têm que tipo de diabete?

Se seu filho está com diabete, o mais provável é que seja do tipo 1, também chamada de insulino-dependente. Isso porque o pâncreas parou de produzir insulina e serão necessárias injeções do hormônio para que os açúcares no corpo sejam processados.

Embora esse tipo de diabete represente apenas de 5 a 10% do total de casos de diabete, é o principal a afetar as crianças -- 75% dos novos casos de diabete tipo 1 são diagnosticados em crianças e jovens com menos de 18 anos, daí a doença também ser conhecida como diabete juvenil.


A diabete tipo 2 é bem mais comum em adultos, mas vem aparecendo cada vez mais cedo, possivelmente porque é crescente o número de crianças acima do peso e obesas. A obesidade sobrecarrega o pâncreas, o que pode deflagrar este tipo de diabete.


Como saber se uma criança está com diabete?

Converse com o pediatra se seu filho apresentar um ou mais dos sintomas descritos abaixo:

• sede excessiva



• fadiga e irritabilidade


• aumento inesperado do apetite


• perda repentina de peso


• hálito adocicado, com odor de fruta ou semelhante a vinhos


Qual é o tratamento para a diabete tipo 1?

A diabete tipo 1 é uma doença que precisa ser monitorada diariamente e controlada por um especialista, geralmente um endocrinologista. O tratamento consiste em:

• Verificar os níveis de glicose todos os dias através de um aparelho apropriado, para garantir que eles se mantenham dentro da margem de segurança.

• Aplicação de injeções de insulina conforme a orientação específica do médico.

• Dieta e exercícios, também seguindo orientação de especialistas.

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