LEIAM MATÉRIA DO DIÁRIO DO NORDESTE DE HOJE.
Centro-Sul do Ceará, diferentemente  das vias estaduais, as rodovias federais, BRs 116 e 230, permanecem  esburacadas. O asfalto ficou mais deteriorado desde a última quadra  invernosa. O tráfego intenso de veículos contribui a cada dia para  agravar o problema que parece se arrastar sem uma solução.
O  trecho de 75 quilômetros entre as cidades de Icó e Jaguaribe foi  considerado o terceiro pior, dentre as estradas federais, no Brasil. A  avaliação, divulgada neste mês, foi feita pelo Guia Estradas 2012. No  total, 101 quilômetros de rodovias no Ceará são classificados como de má  condição de tráfego.
Não  é mais novidade que as rodovias federais permanecem esburacadas, mas a  constatação serve para renovar a indignação de motoristas e passageiros  que trafegam nessas vias no Ceará. Na BR-116, o asfalto danificado se  estende desde a cidade de Jaguaribe, no km 300, até a cidade de Barro,  numa extensão de 140 km. Há buracos em todo trecho. O tempo de percurso  dobrou. Os buracos que se sucedem ao longo da estrada tiram a paciência  dos motoristas, exigem cuidados redobrados e o risco de acidentes  aumentou. Os veículos trafegam em ziguezague para desviar da buraqueira.  Os motoristas reclamam dos transtornos que enfrentam.
"É  preciso ter paciência e muito cuidado", disse o advogado Fabrício  Moreira, que na semana passada estouro um pneu próximo à cidade de Icó.  "Cai num buraco e danificou a roda". 
Moreira  viaja diariamente na região e conta que é quase todos os dias observa  carros parados, com pneus estourados ou quebrados por causa da  buraqueira.
Veículos danificados
O  representante comercial, Márcio Gomes, que semanalmente faz o percurso  Fortaleza - Juazeiro do Norte - confirmou que muitos veículos ficam  danificados. O caminhoneiro Ivanildo José da Silva, na última  quinta-feira, à tarde, estava revoltado.
Ele  viajava de São Paulo a Fortaleza e constatou: "Só no Ceará que a  rodovia é assim, esburacada". O topiqueiro Marcílio Oliveira que faz o  percurso diário entre Icó e a região do Cariri frisou que nos últimos  meses um dos trechos mais danificados na BR 116 é próximo ao triângulo  que dá acesso à cidade de Ipaumirim.
Os  caminhoneiros confirmam que é preciso ter cuidado redobrado,  principalmente para quem viaja à noite. "Próximo à cidade de Jaguaribe  passei por um buraco que era uma verdadeira cratera, enorme", disse  Iltomar da Silva. "Em muitos pontos é preciso trafegar na contramão de  direção".
A  situação da BR-230, a conhecida Transamazônica, no segmento de 40 km  entre as cidades de Várzea Alegre e Farias Brito, é preocupante. Além  dos buracos na pista, que obrigam os motoristas a fazerem manobras  arriscadas, metade da pista cedeu próximo à ponte sobre o riacho  Vacaria, na altura do sítio Recanto. Os motoristas que usam a rodovia  devem ficar atentos. A buraqueira aumentou nos últimos meses.
Reconstrução
O  asfalto que já estava bastante estragado ficou ainda mais danificado. O  trecho da BR-230 em precária condição de tráfego fica entre a CE-060,  conhecida estrada do Algodão e a CE-386, que faz a ligação entre a  região Centro-Sul e o Cariri. Essas duas estradas estaduais foram  recentemente reconstruídas e estão em bom estado de conservação.
O  trecho danificado da BR-230 dobra o tempo de percurso, que antes era  feito em 30 minutos, em média. Não há previsão de recuperação do trecho  danificado, sob a responsabilidade do Departamento Nacional de  Infraestrutura e Transportes (Dnit).
A  assessoria de Comunicação do Dnit informou que na BR-116 já começaram  serviços de tapa-buracos em alguns pontos no Sul do Ceará.
75 quilômetros é a extensão da rodovia que liga de Icó a Jaguaribe. É o pior trecho entre as estradas federais do País.
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