quinta-feira, 8 de março de 2012

DEU NO ICO É NOTICIA

Icó tem a terceira pior nota do Ceará no Índice de Desempenho do SUS

Lançado na última quinta-feira [1º] pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, o Índice de Desempenho do SUS [IDSUS 2012] de Icó apresentou o terceiro pior desempenho do Ceará: 4,26, em uma nota que vai de 0 a 10. O Estado possui nota 5,14 e o Brasil registrou 5,47.

O IDSUS é uma ferramenta que avalia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde no país, composto por 24 indicadores da Saúde e ajudará o governo federal, estados e municípios a qualificarem atendimento na referida área.

Criado pelo Ministério da Saúde, o índice avaliou entre 2008 e 2010 os diferentes níveis de atenção [básica, especializada ambulatorial e hospitalar e de urgência e emergência], verificando como está a infraestrutura de saúde para atender as pessoas e se os serviços ofertados têm capacidade de dar as melhores respostas aos problemas de saúde da população.

RANKING CEARÁ - OS PIORES

180°_Aquiraz - 4,34
181º_Tauá - 4,34
182º_Icó 4,26
183º_Milagres - 4,25
184º_Caucaia - 4,04

RECURSOS - Até o momento, o município de Icó recebeu, em 2012, a quantia total de R$ 1.786.705,17 do Governo Federal, divididos em Atenção Básica [R$ 651.646,00], Média e Alta Complexidade [R$ 1.011.114,38], Assistência Farmacêutica [R$ 55.770,20], Gestão SUS [R$ 3.000,00] e Vigilância em Saúde [R$ 65.174,59].

DETALHAMENTO - Entre os números considerados negativos registrados em Icó dados abaixo - clique para ampliar] destacam-se, na Atenção Básica, a cobertura populacional estimada pelas Equipes Básicas de Saúde; em Atenção ambulatorial e hospitalar de Média Complexidade, Alta Complexidade e Urgência e Emergência; e exodontia [cirurgia dentária], no setor de efetividade da Atenção Básica.

Cabe apontar, entretanto, as notas "10" na cobertura da vacina tetravalente em menores de um ano e ação coletiva de escovação supervisionada; a nota 8,9 na cobertura da população pelas equipes básicas de saúde bucal; 9,15 na proporção de cura de casos novos de tuberculose pulmonar bacilífera; e 9,55 na proporção de cura de casos novos de hanseníase.





AVALIAÇÃO –
O índice avalia com pontuação de 0 a 10 a municípios, regiões, estados e ao país com base em informações de acesso, que mostram como está a oferta de ações e serviços de saúde, e de efetividade, que medem o desempenho do sistema, ou seja, o grau com que os serviços e ações de saúde estão atingindo os resultados esperados.

O IDSUS é formado por seis grupos homogêneos e leva em consideração a análise concomitante de três índices: de Desenvolvimento Socioeconômico [IDSE], de Condições de Saúde [ICS] e de Estrutura do Sistema de Saúde do Município [IESSM]. Basicamente, os grupos 1 e 2 são formados por municípios que apresentam melhor infraestrutura e condições de atendimento à população; os grupos 3 e 4 têm pouca estrutura de média e alta complexidade, enquanto que os grupos 5 e 6 não têm estrutura para atendimentos especializados. A proposta é unificar em grupos cidades com características similares.
BRASIL - De acordo com o índice, o Brasil possui IDSUS equivalente a 5,47. A região Sul teve pontuação de 6,12, seguida do Sudeste [5,56], Nordeste [5,28], Centro-Oeste [5,26] e Norte [4,67]. Entre os estados, possuem índices mais altos os da região Sul - Santa Catarina [6,29], Paraná [6,23] e Rio Grande do Sul [5,90]. Na sequência, vêm Minas Gerais [5,87] e Espírito Santo [5,79]. As menores pontuações são do Pará [4,17], de Rondônia [4,49] e Rio de Janeiro [4,58].

MODELO – O IDSUS 2012 é resultado do cruzamento de 24 indicadores, sendo 14 que avaliam o acesso e outros 10 para medir a efetividade dos serviços. No quesito acesso, é avaliada a capacidade do sistema de saúde em garantir o cuidado necessário à população em tempo oportuno e com recursos adequados.

Entre esses indicadores estão a cobertura estimada de equipes de saúde; a proporção de nascidos vivos de mães com sete ou mais consultas pré-natal; e a realização de exames preventivos de cânceres de mama, em mulheres entre 50 e 69 anos, e de colo do útero, na faixa de 25 a 59 anos.

Já na avaliação de efetividade, ou seja, se o serviço foi prestado adequadamente, encontram-se itens como a cura de casos novos de tuberculose e hanseníase; a proporção de partos normais; o número de óbitos em menores de 15 anos que foram internados em Unidades de Terapia Intensiva [UTI]; e o número de óbitos durante internações por infarto agudo do miocárdio.

O levantamento de dados para divulgação do IDUS 2012 será realizado a cada três anos. Desde a idealização até a fase de finalização, o índice foi construído com a participação de vários segmentos do governo, técnicos, acadêmicos e com a participação e aprovação do Conselho Nacional de Saúde.

:::: PESQUISA COMPLETA [DADOS DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS]

* Com informações do Ministério da Saúde e Saúde com Transparência do MS
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